TPM NO EMPREGO

09-06-2009 10:15

 

TPM E EMPREGABILIDADE

Abaixo a TPM
Empresas implementam programas de combate a Tensão Pré Menstrual, e alcançam o máximo de desempenho de suas funcionárias

Se sua empresa percebe que, em um determinado período, a maioria, se não todas as colaboradoras, têm uma alteração em seus costumes rotineiros, então fique alerta: elas podem estar com TPM.

A TPM, tensão pré-menstrual, é uma doença extremamente séria, porém não levada muito a sério, conforme coloca o ginecologista e diretor da TPM Clinic, Dr. Elieser Berenstein. Segundo ele, em torno de 42% das mulheres entre 22 e 35 anos sofrem das moléstias pré-menstruais.

E o mais interessante e que chama atenção de especialistas é que em um ambiente de trabalho, em que as mulheres trabalham juntas, o período dessa doença acontece ao mesmo tempo. Porém, isso é um problema, mas também pode ser a solução, pois o tratamento em grupo é classificado como o mais eficaz na exterminação dos sintomas da tensão.

E os sintomas são inúmeros, porque eles dependem diretamente da função de cada mulher, como explica Dr. Elieser. "Uma mulher cujo trabalho depende de equilíbrio, calma e tranqüilidade, no período pré-menstrual, ela terá mais ansiedade e hostilidade, prejudicando a si e a empresa".

Entretanto, como se não bastasse um, existem quatro tipos de TPM. São eles:

     

  • Tipo A: predomina a ansiedade.

     

Sintomas: irritabilidade, hostilidade, impaciência, agressividade e instabilidade emocional;

  • Tipo C: predominam as compulsões.

Sintomas: compulsões por doces, por cigarro, por perfeição. Tudo que a pessoa possui como hábito, no período da TPM passa ser compulsivo;

  • Tipo D: predomina a depressão

Sintomas: falta de motivação, esquecimento, angústia, tristeza e choro fácil;

  • Tipo H: retenção de líquido.

Sintomas: Inchaço.

 

Então você descobriu qual é o seu tipo? Calma, que não é tão fácil como parece. A identificação da TPM é algo que exige alguns detalhamentos. O Hospital São Luiz, por exemplo, percebeu a necessidade desta identificação, e resolveu agir profundamente nesta causa.

Dr. Alberto D´auria, diretor clínico do hospital, contou que lá as mulheres ocupam 75% do efetivo da força de trabalho, e por conta disso a empresa ficou sujeita a todas as oscilações desta força feminina. A partir desta constatação, o doutor, o qual na época fazia parte da supervisão de saúde ocupacional, percebeu que, de cada trinta dias de trabalho das colaboradoras, os últimos dez dias eram passados com alguns comprometimentos, desde mau-humor até uma infecção que aparece no período de tensão. A partir disso, foi implementado em 2000 um projeto para tratar e erradicar a tensão pré-menstrual dentro do Hospital. E o primeiro passo para este trabalho foi fazer com que todas as mulheres da organização, tanto as que têm a tensão quanto as que não têm, conhecessem sobre o ciclo menstrual. "Quando conhecem a TPM fica mais fácil, porque uma colaboradora pode substituir e ajudar a outra em algumas atividades, que neste período tornam-se complicadas de serem cumpridas".

 

 

O treinamento nas colaboradoras foi feito por um ginecologista, especialista em hormonologia. As empregadas tinham de preencher um documento diariamente e entregá-lo no final de cada ciclo. Para motivar a adesão ao programa, a cada entrega deste documento, as colaboradoras ganhavam um presente. "É um trabalho simples, barato e fácil de fazer, só dá trabalho em sua implementação, mas depois que você vê os resultados, você percebe como é simples. Além da diminuição no absenteísmo, houve também a melhoria do comportamento frente aos clientes e redução de reclamações junto ao SAC".

Segundo dr. D’auria, o seu sonho para o futuro é treinar os homens, "eles também sofrem com as suas esposas, colegas, e eles precisam saber como lidar".

O tratamento para os sintomas da TPM varia conforme o tipo que a mulher possui. Porém Márcio Miranda, que foi presidente da Towsend Consultoria, e atualmente é acionista de empresas nos USA explica que ações como reflexologia, massagem anti-stress, acupuntura, música ambiente, comida com menos sal, para evitar retenção de líquidos, entre outras medidas, podem auxiliar a amenizar tais sintomas. Porém, o tratamento mais específico e em grupo é a melhor solução, para que esse fenômeno natural que a mulher tem de passar, não seja um sofrimento para ela, nem para suas funções profissionais, nem para as pessoais. Por isso, empresa: abaixo a TPM